Leitura atenta de jornais pode ser muito cansativa. Mas é ainda o que temos de melhor no mundo da Comunicação Social
- Fazendas do Basa

- há 6 dias
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Quase todo dia leio os jornais Estado e Folha de São Paulo, impressos, durante meu café da manhã. O cansaço mental pode vir das notícias, dos artigos, editoriais ou das omissões. Nos últimos dois anos cresceu a percepção de que em breve os jornais não existirão mais na forma impressa como todos já sabem. São sinais a apelação da publicidade via matérias pagas e pelos seminários caça-níqueis que são vendidos com direito a resumos jornalísticos após a respectiva realização. A omissão de questões de verdadeiro interesse local e nacional é lamentável. Quando estou em Leopoldina chega a tempo da refeição matinal o Globo, para o qual valem as mesmas observações desse texto (inútil) que constata a destruição acelerada da informação e da agenda cultural pela devastação produzida pela força destruidora do processo civilizatório que é a internet, onde agora nos encontramos...

O empobrecimento dos jornais trouxe uma surdez monumental nas redações. Não adianta escrever para qualquer editor, ombudsman , repórter ou articulista. Ninguém dá bola mais para o leitor. Nem experimentem, a frustração é garantida. Apesar de tudo isso, os jornais são ainda o que temos de melhor. Hoje, 8 de dezembro de 2025, recomendo por exemplo a coluna do Marcelo Leite, do Luiz Felipe Pondé, do Carlos Alberto Di Franco, a matéria do Joe Trezza.
Diversos temas, todos de interesse para quem quer tentar se manter a par dessa quadra da nossa vida e manter uma ilusão de que estamos menos desinformados que a média da população.
No meu coração dói saber que ninguém dos jornais se importa com a possibilidade de salvarmos da extinção uma parte dos pequenos produtores de leite com melhores e mais atualizadas iniciativas de apoio a esse segmento no qual sobrevivem milhões de Brasileiros. Ainda assim, sugiro sempre a leitura de jornais enquanto existam na forma tradicional na qual podemos marcar, sublinhar as partes que queremos incorporar ao nosso sempre modesto conhecimento construtivo.
Evandro Guimarães




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