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Quantas doadoras Gir Leiteiro de alto potencial temos hoje no Brasil?

  • Foto do escritor: Fazendas do Basa
    Fazendas do Basa
  • 8 de jun. de 2021
  • 5 min de leitura

O Gir Leiteiro aparece de forma surpreendente, espetacular a cada dia na internet. É uma pena que ainda temos uma forma de divulgação dispersa, em plataformas diferentes o que não nos fornece uma ideia do tamanho da população em atividade produtiva e com indicadores objetivos para que possamos trabalhar melhor as perguntas que faço a seguir. E faço com toda humildade, não me incomoda revelar meu desconhecimento sem esquecer que sou um observador privilegiado, pois sou o atual presidente da ABCGIL e tenho uma seleção numerosa, em 4 diferentes fazendas, com muitas parcerias. Realmente, não temos um Censo razoável da população de alto rendimento que deveria ser velozmente multiplicada (com os melhores touros) para MUDAR a pecuária de leite no Brasil. Vou repetir: para MUDAR a nossa pecuária de leite.

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OPORTUNIDADE, uma categoria das gestões públicas que deveria ter maior valorização.


Temos uma oportunidade inédita em nosso País nesse momento e não temos ainda uma política pública que reflita esse cavalo arreado. Realmente, não entendo a lógica, a marcha do desperdício de oportunidades. Hoje toma posse o novo presidente dos EUA. Li a conclamação em jornal americano pedindo atenção para oportunidades não consideradas no governo anterior. Pequenas iniciativas que fazem dos empreendedores americanos uma atenta classe de empreendedores. Isso me mobilizou a escrever esse modesto exemplo que não se realiza em nosso País. Parece que a microeconomia, a economia setorial, não tem valor, não agrega riquezas e empregos para nosso Povo. Precisamos ter um Ministério e Secretarias de Estado que prestem atenção apenas no que parece desimportante? Prezados Amigos, a pecuária de leite do Brasil precisa de milhões de animais F1, meio-sangue Girolando de alta qualidade. Precisa destes animais para preservar centenas de milhões de empreendedores rurais e MILHÕES de empregos. Se não oferecermos condições de aumento de produtividade para pequenos e médios produtores de leite onde iremos gerar ocupação para esses Brasileiros? Só no Nordeste, imaginem os governadores e deputados da região, como vamos transformar a caótica situação existente se não começarmos a produzir animais rústicos e produtivos de EXCELENTE genética para leite? Ora direis, não é só isso... e eu disse isso? É claro que precisamos de assistência técnica para nutrição, sanidade animal, manejo, políticas de preços, treinamento de mão de obra, transporte, logísticas de conservação, etc., etc., etc., etc. Mas se não tivermos genética de gado leiteiro rústico tropical a nenhum ponto melhor chegaremos. Aumentar a população já, de fêmeas Girolando F1 de alta performance, a partir de Gir Leiteiro do mesmo calibre. Isso é urgente, possível e patriótico. E não fazemos?? Não temos entidades suportadas com dinheiro público para apoiar ou contestar essa evidência?? Não entendo o que se passa nesse enorme deserto de desperdício chamado Brasil. Louvo os programas estaduais do SEBRAE que já conhecem o efeito multiplicador de apoiar melhorias para os pequenos e médios. A única coisa que falta para melhorar muito o programa citado é apenas aumentar a população de Gir Leiteiro objetivamente qualificado. Como não há verdade absoluta em genética não vamos nos esquecer de declarar estimativas de acurácia na certificação dos animais necessários. Mas vamos trabalhar, Deus recompensa e reconhece aqueles que se dedicam a melhorar a vida de seus Compatriotas.


COMENTÁRIOS NO FACEBOOK:


Anibal Eugênio Vercesi Filho: "Prezado Evandro Guimaraes, seu questionamento é muito pertinente. Uma hora gostaria muito de conversar com o Sr sobre programa de melhoramento. Pra início, pergunto - o que queremos do Gir Leiteiro? Seu papel efetivo na cadeia láctea? Inserção nos sistemas de produção. E por enquanto - é só de avaliação pra volume de leite que qualifica um touro/matriz?? Um abraço"


Evandro Guimaraes: "Dr Aníbal, entendo que qualificação para volume de leite é um dado fundamental, mas insuficiente isoladamente. Os Melhoradores, como você, tem me ensinado a considerar e trabalhar por uma cesta de informações objetivas. começar Acho que todos valorizam a observação visual nos concursos de pista e na propriedade. No caso das lactações, na minha propriedade valorizamos as lactações em pelo menos 3 gerações inclusive para reprodução do meio sangue (apesar de não termos ainda trabalho acadêmico robusto sobre o assunto). Quando falo de uma certificação ou qualificação nunca me esqueço de falar de acurácia pois errei muito baseado apenas em alguns indicadores e humildade em genética parece-me prudência obrigatória. Mas, quem pode me ajudar a entender mais desse difícil ofício são pessoas como você que além de profissional é criador experiente, e não dispensa a pesquisa sistemática. Com tudo isso, percebo que as evidências para produção leiteira já são mais do que suficientes para promovermos uma multiplicação mais rápida dos animais conhecidos e mais consistentes. O estágio atual das evidências é, na minha opinião, muito favorável a uma classificação positiva de fêmeas Gir Leiteiro para cruzamentos com holandês. Claro, ninguém deve brincar de verdades absolutas pois isso é para Deus... Mas uma linha norteadora já vai oferecer maravilhosas melhorias para a pecuária tropical, abrindo o leque para pequenos e médios produtores... Aníbal, sou produtor faz tempo, criei Gir dupla aptidão fazendo F1 (o meio-sangue) com esse gado e formei convicção. O que podemos fazer nessa OPORTUNIDADE é algo muito especial. Não fazer será lamentado. Abs ."


Anibal Eugênio Vercesi Filho: "Evandro Guimaraes, concordo com o Sr em muitas coisas. Sobre o trabalho com F1, tendo dados confiáveis e em número suficiente, não é difícil de fazer. Quanto ao volume de leite, eu ainda acho pouco. Inclusive pq não temos certeza de quais características são mais importantes pra se fazer Gir e F1. Serão as mesmas? Quanto a fazer F1 de dupla aptidão, tb tenho um pouco de experiência pq tb começamos assim, porém, com certeza, num volume muito menor"


Anibal Eugênio Vercesi Filho: "Desculpa, enviei antes. Acho o momento extremamente oportuno para essas conversas. E para incrementar a coleta de dados fenotipicos entre outras medidas básicas. Tenho certeza das dificuldades pq a espera do produtor é curta, só que infelizmente em bovinos, o intervalo de gerações é longo. Mas vamos trocando idéias. Um abraço"


Evandro Guimaraes: "Anibal Eugênio Vercesi Filho, as evidências permitem apostas sérias para o bem dos Brasileiros. Resultados expressivos, com moda estatística tão preponderante como conhecemos atualmente transformam-se em oportunidades que o País não deveria desperdiçar. Para aprender concomitantemente com a experiência o que precisamos é começar... hoje estamos paralisados. Nenhuma instituição está trabalhando no assunto da necessidade mais que evidente de multiplicação preferencial dos bons acasalamentos. Um certo acanhamento à espera não sei do que prevalece. Tenho pressa, aos 76 anos, levei todo o tempo de mais de 50 anos como produtor para defender uma única convicção na pecuária de leite. A meu juízo, uma convicção suficiente para pedir a pessoas de boa vontade que façam algo pela produtividade no setor, democratizando para pequenos e médios o que obtivemos até aqui. Argumentos para continuarmos paralisados nunca chegaram a meu conhecimento. entendo as dúvidas acadêmicas eventuais, mas meu ponto é que fazemos tanta coisa sem consistência com recursos públicos que não vou entender não agirmos em algo tão óbvio, pelo menos para começarmos..."

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