É claro que todas as questões envolvem a análise, a consideração ponderada de muitas variáveis. Precisamos ter observação atenta e inteligente. Mas, no conjunto da pecuária de leite tropical deveríamos começar a dar total prioridade a considerar a genética que pode aumentar substancialmente a produtividade como o ELEMENTO CHAVE para estabelecer programas e políticas públicas inovadoras e com enormes chances de sucesso. Oferecer acesso a genética que mude rapidamente o perfil dos rebanhos estimula todo o outro conjunto de cuidados a serem tomados inclusive pelos pequenos e médios produtores de leite (sanidade, nutrição, manejo, conforto animal, etc., etc.).
Sim, a expectativa ou a esperança de que animais muito melhores, mais valiosos, vão nascer da transferência de embriões de alto valor genético em geral provocam melhoria geral nos criatórios. Resumindo, não conheço nada mais promissor, mais efetivo, que facilitar o acesso aos produtores de bons embriões.
É necessário articular a cooperação das entidades para assistir os produtores e obtermos boas taxas de conversão em prenhezes, criando uma onda positiva e poderosa de aumento da produtividade em pequenos e médios estabelecimentos rurais. Temos que agir contra a redução acentuada do número de produtores em todo o Brasil, entendendo o grande papel social da pecuária leiteira e seus atuais milhões de empregos.
Nesse cenário, é fundamental aumentar substancialmente a população do Gir Leiteiro de qualificação certificada para produzirmos embriões de fêmeas Girolando meio-sangue. As evidências são expressivas e generosas a demonstrar que esse é o melhor gado de leite para o mundo tropical, desenvolvido no Brasil. Melhorar continuamente e multiplicar com velocidade o Gir Leiteiro é uma medida inadiável.
No novo Governo teremos atenção para essa oportunidade de geração de riquezas e superior valor cívico?
Evandro Guimarães evandrog44@gmail.com